19 de agosto de 2008

Roliça 1808-2008

Duzentos anos após a batalha da Roliça, confronto de relativa baixa intensidade, mas de grande importância por iniciar um conflicto que só terá verdadeiramente fim em 1814, no sul de França, eis que valentes 're-enactors' a lutam de novo para gaúdio de uma vibrante audiência internacional.

Cada um lá foi com um objectivo; o meu foi o de assistir ao primeiro evento, do que espero virem a ser muitos e bons, e cheirar a pólvora. Como bom português, cheguei algo atrasado, para ver o centro inglês desenvolver perante os Franceses. Na ala direita, os Portugueses de Trant. Na escaramuça à frente, os Rifles do 95th. 'Make ready, Present, Fire!"e o fumo inunda o campo, com um cheiro desagradável ao primeiro toque nas narinas.

Descarga Inglesa
Progressão no Campo
No final, tive oportunidade de notar que as tropas portuguesas estavam representadas pelo Regimento de Infantaria 23, de Almeida, que apesar de não terem efectivamente participado na batalha de há 200 anos, acabam por significar algo mais para este vosso interlocutor. É o regimento onde Carlos Frederico Lecor foi feito Coronel, ainda durante esse mesmo ano de 1808.

Após a Batalha, o 23

Lecor havia desembarcado no Porto, durante a primeira quinzena de Agosto, ainda antes do primeiros destacamento da Leal Legião Lusitana, junto com o Coronel Wilson e outros oficiais.

A minha primeira batalha deixou-me plenamente satisfeito, ainda que outras 'guerras' me tenham impedido de assistir ao Vimeiro, nessa tarde. Os mais efusivos parabéns à organização deste evento, à Associação Napoleónica Portuguesa e a todos os bravos soldados que nela lutaram.

Pedindo desde já perdão ao caro leitor pelo indesculpável hiato na produção de textos, creiam-me sempre na busca incessante deste homem que foi Lecor, tudo fazendo para ele tome o seu lugar no panteão dos heróis e dos libertadores.