Hum corpo de Tropas que guarda o Exercito - que aplana as dificuldades diárias que espreita os momentos favoráveis - e que até descobre muitas vezes as tençoens do inimigo, parece que deve ser ligeiro, tomado este termo no sentido fizico; e tãobem no moral, não deixando ao Estado mais trabalho, do que o da simples despeza para a sua mantença, nem ao General outro cuidado se não o de empregar onde preciza, sem nenhuym embaraço sobre a sua subsistência. (Setembro 1796, 3.º Marquês de Alorna [na foto, em baixo, em 1805, com a esposa e os dois filhos, fardados à Legião])
De acordo com as fontes disponíveis, em 1 de Março de 1797, Carlos Frederico Lecor entra como Capitão na Legião de Tropas Ligeiras. É incerto em quais cargos e sub-unidades o nosso herói terá servido. Em 1801, durante o período anterior e mesmo durante a Guerra das Laranjas, Lecor estava na Zebreira (muitos diriam Zibreira na altura), a comandar cerca de 200 homens. Estes homens eram de 2 ou 3 companhias diferentes de infantaria da Legião.
Zebreira resultava, como resulta ainda hoje, na ligação das duas estradas que vão para Espanha, uma em Segura, outra em Salvaterra do Extremo. Lecor estaria, pois, no comando de um posto da 2.ª linha de defesa da Divisão da Beira, comandada primeiro pelo Marquês de Alorna, chefe da Legião, e depois pelo idoso General João Dordaz e Queirós.
Em 1803, no relatório de uma inspecção à Legião de Tropas Ligeiras, é referido esse serviço de Lecor, mormente na queixa dos soldados em terem sido pagos abaixo dos trabalhadores civis. Aparte as coisas do dia-a-dia da unidade, nem sempre suficiente claras para o inspector (Marechal de Campo Rodrigo de Lencastre), na demonstração de manobras, a Legião é elogiada, na medida em que havia tido que improvisar regulamentos desde o seu início; decerto desde que Alorna e os seus colaboradores haviam traduzido manuais de infantaria ligeira e utilização coordenada das 3 armas, em Francês. Deduzo que Lecor, filho de um tradutor francês, Louis Pierre, tenha tido o seu uso nesta demanda para além da relação pessoal com Alorna.
Apesar de se apontar 1796 como data da origem da Legião, só em 1798 é que a unidade se activa, de acordo com a sua 1.ª Ordem, a 11 de Março de 1798, em Estremoz.
O seu papel foi fundamental, no Exército Português, para a experimentação do uso de tropas ligeiras permanentes, especialmente no uso coordenado da infantaria, cavalaria e artilharia a cavalo. Provou-o eficazmente na Beira, em 1801, mas todo o combate aconteceu em outros lados.
No início de 1806, Lecor comanda interinamente a Legião, até que o novo comandante, Barão de Wiederhold, tome posse. Já em Junho desse mesmo ano, está de novo com Alorna, novo Governador de Armas do Alentejo.
De acordo com as fontes disponíveis, em 1 de Março de 1797, Carlos Frederico Lecor entra como Capitão na Legião de Tropas Ligeiras. É incerto em quais cargos e sub-unidades o nosso herói terá servido. Em 1801, durante o período anterior e mesmo durante a Guerra das Laranjas, Lecor estava na Zebreira (muitos diriam Zibreira na altura), a comandar cerca de 200 homens. Estes homens eram de 2 ou 3 companhias diferentes de infantaria da Legião.
Zebreira resultava, como resulta ainda hoje, na ligação das duas estradas que vão para Espanha, uma em Segura, outra em Salvaterra do Extremo. Lecor estaria, pois, no comando de um posto da 2.ª linha de defesa da Divisão da Beira, comandada primeiro pelo Marquês de Alorna, chefe da Legião, e depois pelo idoso General João Dordaz e Queirós.
Em 1803, no relatório de uma inspecção à Legião de Tropas Ligeiras, é referido esse serviço de Lecor, mormente na queixa dos soldados em terem sido pagos abaixo dos trabalhadores civis. Aparte as coisas do dia-a-dia da unidade, nem sempre suficiente claras para o inspector (Marechal de Campo Rodrigo de Lencastre), na demonstração de manobras, a Legião é elogiada, na medida em que havia tido que improvisar regulamentos desde o seu início; decerto desde que Alorna e os seus colaboradores haviam traduzido manuais de infantaria ligeira e utilização coordenada das 3 armas, em Francês. Deduzo que Lecor, filho de um tradutor francês, Louis Pierre, tenha tido o seu uso nesta demanda para além da relação pessoal com Alorna.
Apesar de se apontar 1796 como data da origem da Legião, só em 1798 é que a unidade se activa, de acordo com a sua 1.ª Ordem, a 11 de Março de 1798, em Estremoz.
O seu papel foi fundamental, no Exército Português, para a experimentação do uso de tropas ligeiras permanentes, especialmente no uso coordenado da infantaria, cavalaria e artilharia a cavalo. Provou-o eficazmente na Beira, em 1801, mas todo o combate aconteceu em outros lados.
No início de 1806, Lecor comanda interinamente a Legião, até que o novo comandante, Barão de Wiederhold, tome posse. Já em Junho desse mesmo ano, está de novo com Alorna, novo Governador de Armas do Alentejo.