Pequena biografia: António Pedro Lecor (I Parte: 1768-1828)
Largo da Sé, em Faro (fonte: wikicommons)
ANTÓNIO PEDRO LECOR, terceiro filho de Luiz Pedro Lecor e D. Quitéria Luísa Marina Lecor, nasceu a 6 de Setembro de 1768, em Santos o Velho, Lisboa, apesar de, por alguma razão, ter sido baptizado na paróquia vizinha de Alcântara, 22 dias depois. Muda-se para Faro com a sua família algures na década de 1770. Com 18 anos, a 10 de Março de 1788, e dois meses após o seu irmão Jorge Frederico, alista-se como voluntário no Regimento de Infantaria de Faro, aquartelado então em Tavira. Durante esse período, e durante um ano, frequenta a Aula Regimental de Tavira, onde estudou os dezasseis livros do curso matemático de Bellidor, tendo sido admitido ao estudo de fortificação de Antoni. Passa ao Regimento de Artilharia do Algarve, em Faro, também como o irmão, a 16 de julho do ano seguinte. Embarca na nau S. António, em Lagos, em 10 de agosto de 1793 com os irmãos, João Pedro e Jorge Frederico, também cadetes, e as três companhias de artilheiros de Faro para a Catalunha onde participa nas operações do Exército Auxiliador. Na Catalunha ou Roussilhão, sofre ferimentos não especificados que fazem com que seja afligido de uma moléstia nervosa, que mais à frente, lhe impede a mobilidade e independência pessoal. Antes ainda de retornar às sede do seu regimento, é promovido a 2.º Tenente da 4.ª companhia de artilheiros a 31 de outubro de 1795. A 16 de novembro de 1800 passa no mesmo posto à companhia de sapadores e mineiros. Em 1803 é colocado numa lista de incapazes, mas apenas a 17 de dezembro de 1805 passa à reforma. A 20 de setembro de 1808, no entanto, é promovido a 1.º Tenente agregado da Companhia de Artilharia Fixa de Faro, recebendo a carta patente a 2 de janeiro de 1812. Apesar da sua moléstia crónica, que o impede de fazer uso das mãos, é promovido , na promoção geral de 24 de junho de 1815, a Capitão, assistente do Ajudante General da Divisão de Voluntários Reais do Príncipe, mas não acompanha a divisão para o Brasil, sendo promovido a Sargento Mor Governador da Praça de Faro a 28 de maio de 1816. Mantém-se neste cargo até 1828, apesar de se apresentar, em 1824, “muito doente e magro”, “débil” e “incapaz de todo o serviço”. (Ainda por continuar) Leia também: - Acontecimentos em Faro, 1828
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