JOSÉ TOMÁS BOCACIARI nasceu a 18 de Setembro de 1772, filho de José António Bocaciari [ou Boccacciari] e da D. Apolónia Antónia Bocaciari, provenientes de Roma e residentes na rua da Rosa, na freguesia lisboeta das Mercês. Foi batizado na freguesia do Loreto, onde residiam muitos imigrantes italianos, em torno da Igreja dos Italianos.
Sendo estudante, assenta praça e jura bandeiras a 21 de Outubro de 1792, na 1.ª companhia de granadeiros do Regimento de Infantaria de Lippe, futuro n.º1. Com 21 anos é reconhecido Cadete, a 6 de Outubro de 1793. De acordo com o livro mestre regimental, tinha 1 metro e setenta, cabelos loiros e olhos azuis.
A 1 de Março de 1797 é promovido a tenente da 4.ª companhia de infantaria da recém formada Legião de Tropas Ligeiras, com patente de 6 de Abril. Após participar na campanha de 1801, na área da Beira Baixa, é promovido a capitão da 7.º Companhia da Legião em 24 de Junho de 1802.
A 26 de Março de 1805, é promovido a sargento mor e ajudante de ordens do 3.º marquês de Alorna, no governo de armas do Alentejo, juntamente como o tenente coronel Carlos Frederico Lecor. Em Abril de 1808, foge para a esquadra inglesa e terá ido para Inglaterra, de onde seguiu para ao Brasil. De acordo com o marquês de Fronteira, ambos os ajudantes de ordens terão conjurado para tentar convencer o seu general a fugir para a esquadra britânica.
Já no Brasil, a 21 de Março de 1809, é graduado em tenente coronel, adido ao Estado Maior do Exército. Pouco se sabe sobre o seu percurso até 1817.
Por volta de Junho de 1817, é promovido a coronel ajudante de ordens do novo capitão general da Bahia, o conde de Palma, D. Francisco de Assis Mascarenhas. Terá chegado a Salvador já em 1818.
Em 5 de Novembro de 1818, como coronel de cavalaria, é graduado a Brigadeiro com o exercício de ordens ao Governo da Bahia. A 13 de Maio do ano seguinte, é promovido a Brigadeiro efetivo.
Em 1821 está entre os oficiais que juram a constituição, e é feito prisioneiro a 15 de Novembro desse ano por estar envolvido nos eventos de 3 de Novembro, por ser do partido 'felisbertino', e enviado a Lisboa.
A 2 de Janeiro de 1822, após uma viagem de 48 dias para Lisboa, no bergantim Carvalho Sexto o então brigadeiro comete suicídio ao que tudo parece às 19 horas, lançando-se à água entre S. Julião e o Bugio, à entrada do Rio Tejo.
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