Aqui temos duas condecorações militares portuguesas. Uma, a da esquerda, foi criada em 1816; a outra, em 1971. A primeira, depois de uma guerra, a segunda, durante uma guerra. Entre as duas existem 155 anos, durante os quais Portugal se alterou drasticamente; muito mais do que se pode até inicialmente pensar.
A primeira é a Cruz da Guerra Peninsular, que tanto podia ser em ouro como em prata; a segunda é a 2.ª mais alta condecoração actual que se pode ganhar por feitos em campanha - a Medalha de Valor Militar. Esta segunda condecoração existe desde 1863, mas em 1971 assumiu esta nova forma. De acordo com os novos cânones sociais, esta medalha já vem em ouro, em prata e em cobre.
O propósito deste post é mostrar simplesmente a ligação, não só falerística, pois não conheço nada sobre a razão de ser, nem tampouco o nome do artista que ilustrou a reforma de 1971 das medalhas militares portuguesas (ou, já agora, do artista que fez o desenho de 1816). Assim, resta-me mostrar esta imagem que eu montei e especular um pouco sobre as raízes do moderno Exército Português que se vê reflectido de uma forma simbólica, num pastiche homenagem de sabor pós-modernista, nos gloriosos momentos que teve de 1808 a 1814; de reencontro com si mesmo num novo espaço social, onde não mais a nobreza teria o seu espaço assegurado, mas em que um simples camponês poderia fazer a diferença pelo seu país, nas serras tempestuosamente ondulantes de Trás-os-Montes.
Seja um grupo de camponeses de chuços bramindo liberdade, seja a saga dos burgueses Lecor ou dos pequenos proprietários Azeredos, Saldanhas ou Avillez, a medalha de Valor Militar, ainda em efectividade, serve para nos lembrar da importância da Guerra Peninsular, naquilo que ela transporta de glória e valor, mas fundamentalmente do nascimento do Portugal contemporâneo, em que vivemos e que foi pago em sangue há 200 anos.
A de 1971 lembra-nos os mesmo jovens, 155 anos depois, lutando noutros cenários, sobre outras circunstâncias, mas os mesmos portugueses, os mesmos camponeses, os mesmos burgueses, todos nobres, com a cruz pátea, a abelheira no topo, os mesmos louros frutados, o mesmo brasão nacional...
A primeira é a Cruz da Guerra Peninsular, que tanto podia ser em ouro como em prata; a segunda é a 2.ª mais alta condecoração actual que se pode ganhar por feitos em campanha - a Medalha de Valor Militar. Esta segunda condecoração existe desde 1863, mas em 1971 assumiu esta nova forma. De acordo com os novos cânones sociais, esta medalha já vem em ouro, em prata e em cobre.
O propósito deste post é mostrar simplesmente a ligação, não só falerística, pois não conheço nada sobre a razão de ser, nem tampouco o nome do artista que ilustrou a reforma de 1971 das medalhas militares portuguesas (ou, já agora, do artista que fez o desenho de 1816). Assim, resta-me mostrar esta imagem que eu montei e especular um pouco sobre as raízes do moderno Exército Português que se vê reflectido de uma forma simbólica, num pastiche homenagem de sabor pós-modernista, nos gloriosos momentos que teve de 1808 a 1814; de reencontro com si mesmo num novo espaço social, onde não mais a nobreza teria o seu espaço assegurado, mas em que um simples camponês poderia fazer a diferença pelo seu país, nas serras tempestuosamente ondulantes de Trás-os-Montes.
Seja um grupo de camponeses de chuços bramindo liberdade, seja a saga dos burgueses Lecor ou dos pequenos proprietários Azeredos, Saldanhas ou Avillez, a medalha de Valor Militar, ainda em efectividade, serve para nos lembrar da importância da Guerra Peninsular, naquilo que ela transporta de glória e valor, mas fundamentalmente do nascimento do Portugal contemporâneo, em que vivemos e que foi pago em sangue há 200 anos.
A de 1971 lembra-nos os mesmo jovens, 155 anos depois, lutando noutros cenários, sobre outras circunstâncias, mas os mesmos portugueses, os mesmos camponeses, os mesmos burgueses, todos nobres, com a cruz pátea, a abelheira no topo, os mesmos louros frutados, o mesmo brasão nacional...
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