Mostrar mensagens com a etiqueta Itinerários. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Itinerários. Mostrar todas as mensagens

23 de julho de 2014

Marcha terrestre da Divisão de Voluntários Reais d'el-Rei, desde julho de 1816


Ver Marcha DVRR 1816 num mapa maior

Entre Julho e Agosto de 1816, os cerca de 5000 homens e mulheres da Divisão de Voluntários Reais do Rei, em duas brigadas de um regimento de infantaria e um batalhão de caçadores cada, mais dois corpos de cavalaria e a brigada de artilharia, iniciaram a marcha terrestre desde a então Vila Nova do Desterro, hoje Florianópolis até a fronteira da então Banda Oriental, hoje Uruguai. Em pleno Inverno, estes soldados acamparam muitas vezes em sitios ermos, arenosos, no meio de tempestades com a fúria do Atlântico Sul ao largo. Atravessaram de cima a baixo a Lagoa Mirim, desde a vila de Rio Grande, pelo canal de S. Gonçalo, entrando logo em território da Liga Federal (ou dos Povos Livres) pelo arroio de S. Miguel.

Este é um projeto em andamento em que pretendo traçar o trajeto das diversas colunas da Divisão dos Voluntários Reais, com base no itinerário oficial estipulado pelo estado-maior divisionário, incluindo os depósitos de víveres, e duas memórias: a do Tenente-coronel Francisco de Paula Azeredo, comandante
António Claudino de Oliveira Pimentel
do 2.º batalhão do 2.º Regimento de Infantaria (que nasceu do antigo 3.º Batalhão de Caçadores, dos 4 com que se formou originalmente a DVRPríncipe (1)); e a do Tenente-coronel António José Claudino de Oliveira Pimentel, que estava na vanguarda e, portanto, nas primeiras colunas desta marcha.

Os descritivos no mapa irão sendo atualizados com datas de passagens, com as observações gerais dos memorialistas. O coronel Claudino de Pimentel chegou a ser vítima de uma suposta tentativa de homicidio por um outro oficial. Foi em Torres, quando a vanguarda entrou no Rio Grande do Sul.

Fontes memorialistas:
- AGUILAR, Francisco D’Azeredo Teixeira D’, Apontamentos Biographicos de Francisco de Paula D’Azeredo, Conde de Samodães, Porto, Tip. Manoel José Pereira, 1866;
- PIMENTEL, Júlio Machado de Oliveira, Memorial Biographico de um militar ilustre O General Claudino Pimentel, Lisboa, Imprensa Nacional, 1884;

Para o itinerário oficial pelo Quartel Mestre:
- DUARTE, Paulo de Queiroz, Lecor e a Cisplatina 1816-1828 (3 vv.), Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército Editora, 1984.

(1) O nome original da unidade. Muda em Maio de 1816, quando em virtude do falecimento da rainha Dona Maria, se passou a chamar Divisão de Voluntários Reais d'el-Rei. 


ATUALIZAÇÃO:
- Colocação de dados acerca do Coronel Claudino Pimentel [13.5.2014, 10:00]
- Colocação de dados acerca do Coronel Francisco de Paula Azeredo [14.5.2014, 11:30] 

- Colocação de dados acerca do "Itinerário de Marcha da Ilha de S. Catarina até ao Estreito no fim da lagoa de Patos", elaborado pelo major Miguel António Flangini, deputado do Quartel Mestre General. [16.5.2014, 8:00]

18 de abril de 2013

Campanha de Vitoria, 1813 - Trajeto da 7.ª Divisão (4 a 21de junho)



Ver mapa maior


Percurso aproximado da Brigada Portuguesa, desde o dia 4/6/1813 a 15/6/1813, numerada 6.ª alguns meses depois, comandanda por Carlos Frederico Lecor,  constituída de 2 batalhões de Infantaria 7 (Setúbal) e 19 (Cascais), cada, e o Batalhão de Caçadores 2. A Brigada pertencia à 7.ª Divisão aliada, de Lord Dalhousie.
O itinerário foi feito com base nos Supplementary Despatches, Correspondence and Memoranda of Field Marshall Arthur Duke of Wellington, K.G., Volume VII, London, John Murray, 1860, editado pelo filho, 2.º Duque de Wellington, pp. 626-sg, disponível em linha em http://books.google.pt/books?id=c5QgAAAAMAAJ.


De 4 a 14 de junho, a 6.ª Divisão seguiu a 7.ª Divisão, no mesmo percurso, mas no dia 15, último dia do percurso agora mostrado, juntam-se a 7.ª e 6.ª à 3.ª Divisão (Picton). 
Durante muita da parte inicial do percurso, a 7.ª e 6.ª Divisão tiveram a Brigadas de Cavalaria do general Alten e a dos Hussardos (Grant) na sua vanguarda. A utilização da cavalaria era vital para o plano de Wellington no sentido de mascarar toda a infantaria de linha que avançava, escondendo-a dos franceses.

Itinerário 
4/6 - Gallegos [Vilarinho dos Galegos] > St. Salvador > Villasexmir
5/6 - Peñaflor [de Horniga] > Torrelobaton
6/6 - > Villalba [del Duero]
7/6 - Villalbla [del Duero] > Villamuriel [de Cerrato]
9/6 - > Tamarra [Támara de Campos]
10/6 - Tamarra > Itero de La Vega/Itero del Castillo
(Alto)
12/6 - > Villoleda
13/6 - > Olmillos [de Sasamón]/ Sasamón
14/6 - > Villadiego > Villanueva de Puerta
15/6 - > San Martin de Helines [Elines]
16/6 - > Villarcayo 


* * *



Ver mapa maior


16/6 - Villarcayo
18/6 - La Cerca > Salinas de Rósio > Castrobarto
19/6 - Castrobarto > Berberana
20/6 - Berberana > Guilerti [Gillarte] > Sta. Eulalia > Jocano [Jokano] > Apricano [Aprikano]
21/6 - > Anda > Los Guetos [Hueto Arriba & Hueto Abajo] > Mendoza > Vitoria

Este itinerário foi feito com base nos Supplementary Despatches, Correspondence and Memoranda of Field Marshall Arthur Duke of Wellington, K.G., Volume VII, London, John Murray, 1860, editado pelo filho, 2.º Duque de Wellington, pp. 626-sg, disponível em linha em http://books.google.pt/books?id=c5QgAAAAMAAJ.


Rumo ao bicentenário da Batalha de Vitoria. 1813-2013. 

14 de abril de 2013

Itinerários de Carlos Frederico Lecor - 1812

Jardim do Paço Epicospal, Castelo Branco (Wikicommons)

Intinerário de Lecor, 1812

Após um breve comando da futura 6.ª Brigada (Infantaria 7 e 19, 2 batalhões cada + Caçadores 2), pertencente à 7.ª Divisão, Lecor é nomeado, em abril de 1811, pela terceira vez, para o comando militar territorial na Beira Baixa, nomeadamente uma Divisão de Milícias, constituída pelos regimentos de milícias de Castelo Branco, Idanha e Covilhã (que ele havia comandando antes nas Linhas de defesa, na zona do Sobral/Alhandra).

1.1.1812 - Castelo Branco
26.1.1812 - Castelo Branco
4.2.1812 - Castelo Branco
5.2.1812 - Castelo Branco
24.2.1812 - Castelo Branco
25.2.1812 - Castelo Branco
15.3.1812 - Castelo Branco
16.3.1812 - Castelo Branco
6.4.1812 - Castelo Branco
7.4.1812 - Castelo Branco
11.4.1812 - Castelo Branco (retira nesse dia para Vila Velha, face à aproximação da 2.ª Divisão do Armé de Portugal, comandando por Clausel, e parte de uma incursão liderada por Marmont, que alguns chamam a 4.ª Invasão Francesa).

Nota: Em carta ao Lord Liverpool, Wellington refere o dia 12/4 como a data da entrada dos franceses em Castelo Branco e a retirada ordeira de Lecor. Na verdade, em carta do próprio a D. Miguel Pereira Forjaz, Lecor indica a data de 11/4 como a da retirada de Castelo Branco.

12.4.1812 - Vila Velha de Ródão (no mesmo dia, combinado com o 1st Hussards da King's German Legion, passou ao Passo da Milhariça, na estrada de Castelo Branco para Lisboa, na serra do Muradal)
13.4.1812 - Castelo Branco (reentrada em Castelo Branco, após retirada de Clausel)

Nota: Clausel, e a 2.ª Divisão, retiram de Castelo Branco, a ordens do Marechal Marmont, ao terem conhecimento da queda de Badajoz, a 6/4, 7 dias antes. O alívio ao Cerco de Badajoz, que decorria desde 16 de março era um dos dois objetivos da invasão de Marmont; o outro era forragem.

14.4.1812 - Castelo Branco (anúncio de reentrada em Castelo Branco)
15.4.1812 - Castelo Branco 
14.5.1812 - Castelo Branco
1.6.1812 - Castelo Branco
2.6.1812 - Castelo Branco
3.6.1812 - Castelo Branco
4.6.1812 - Promoção a Marechal de Campo (equivalente ao atual Major-General)
6.6.1812 - Castelo Branco
8.6.1812 - Castelo Branco
18.8.1812 - Castelo Branco
23.9.1812 - Castelo Branco
9.10.1812 - Castelo Branco
11.10.1812 - Castelo Branco

(...)

Nota: todas as datas são extraídas de documentos primários e secundários que estão devidamente identificados por mim. Apenas não os coloco por razões de conforto de leitura. Estou, no entanto, sempre ao dispor de qualquer interessado em facultar as referências bibliográficas.

Itinerários de Carlos Frederico Lecor - 1811

Sé de Castelo Branco (Wikicommons)

Itinerário de Lecor 1811

10.2.1811 - Sobral Pequeno (atual Sobralinho), ao comando de uma divisão de Milícias e Infantaria 12.
(3.3.1811 - Wellington, em carta a Beresford, fala do desejo do governo português de nomear Lecor para o Governo de Armas do Minho, expressando discordância.)
8.3.1811 - Sobral Pequeno (Sobralinho)
14.3.1811 - Nomeação para o comando da Brigada portuguesa da recém-formada 7.ª Divisão do exército Aliado.
20.3.1811 - Em carta a Beresford, Wellington refere a intenção de nomear Lecor para, de novo, comandar tropas na Beira Baixa. Refere também que Lecor não quer deixar de comandar a Brigada portuguesa da 7.ª Divisão, mas que o irá chamar e falar com ele acerca dessa eventualidde.

De abril de 1811 a abril de 1813 - 3.º e último período de comando de tropas na Beira Baixa.

13.4.1811 - Wellington informa Beresford que já deu ordens a Lecor para o seu novo comando na Beira Baixa.
16.4.1811 - Vilar Maior (ainda comandante da Brigada portuguesa da 7.ª Divisão)
3.5.1811 - Batalha de Fuentes de Onõro (Lecor já não comandava a Brigada Portuguesa da 7.ª Divisão)
8.5.1811 - Promoção a Brigadeiro
31.5.1811 - Castelo Branco
(...)
24.7.1811 - Castelo Branco
31.7.1811 - Castelo Branco
14.8.1811 - Castelo Branco
8.9.1811 - Castelo Branco
11.9.1811 - Castelo Branco
23.9.1811 - Castelo Branco
29.9.1811 - Castelo Branco
30.9.1811 - Castelo Branco
20.10.1811 - Castelo Branco
28.11.1811 - Castelo Branco
1.12.1811 - Castelo Branco
24.12.1811 - Castelo Branco
25.12.1811 - Castelo Branco

Nota: todas as datas são extraídas de documentos primários e secundários que estão devidamente identificados por mim. Apenas não os coloco por razões de conforto de leitura. Estou, no entanto, sempre ao dispor de qualquer interessado em facultar as referências bibliográficas.

23 de julho de 2011

Itinerários de Carlos Frederico Lecor - 1810

Ponte de Mucela, sobre o Rio Alva

ITINERÁRIOS - 1810

Fev.1810-Set.1810 – Comando de tropas na Beira (2.º período) - AHM
18.2.1810 – Ofício de Wellington (assinado em Viseu), informando Lecor que irá tomar o comando de um corpo junto ao Zézere (formando uma 2.ª linha atrás do Coronel Wilson, em Castelo Branco), constituído pelo RI n.º 13, e as Milícias de Tomar, Leiria e Santarém. Primeiramente, deveria tomar Quartel-general em Tomar, e dispor as suas tropas por forma a defender a passagem do Zêzere.
24.2.1810 – Tomar
12.3.1810 – Tomar
28.3.1810 – Castelo Branco (primeira carta a Miranda Henriques, após LLL chegar a Tomar, saindo de Castelo Branco)
1.4.1810 – Castelo Branco
3.4.1810 – Castelo Branco
8.4.1810 – Castelo Branco
12.4.1810 – Castelo Branco
23.4.1810 – Castelo Branco
30.4.1810 – Castelo Branco
2.5.1810 – Castelo Branco
17.5.1810 – Castelo Branco
29.5.1810 – Castelo Branco
3.6.1810 – Castelo Branco
16.6.1810 – Castelo Branco
20.6.1810 – Castelo Branco
28.6.1810 & 4.7.1810 - Milícias de Castelo Branco, Idanha e Covilhã postas sobre o comando de Lecor, de acordo com ofícios de Beresford (Soriano II/III/46-47)
1.7.1810 – Castelo Branco
5.7.1810 – Castelo Branco
8.7.1810 – Castelo Branco
10.7.1810 – Castelo Branco
12.7.1810 – Castelo Branco
15.7.1810 – Castelo Branco
18.7.1810 – Castelo Branco
21.7.1810 – Castelo Branco
24.7.1810 – Castelo Branco
26.7.1810 – Castelo Branco
20.9.1810 – Chega a Espinhal, vindo do Fundão, via Pampilhosa da Serra, em marchas forçadas. A 22, deveria estar em Ponte de Murcela.
27.9.1810 - Bussaco – Cte. Brigada (Caç. 5 + Inf. 12, 13) + Milícias.
29.9.1810 – Ponte de Murcella
(retirada de Ponte de Murcela para as Linhas de Torres, na coluna do General Hill)
16.10.1810 – campo da Serra da Muxeira
22.10.1810 – campo da Serra de Alhandra (“Commandante da 3.ª Divisão do Exército da Direita”).
18.11.1810 - A posição da Divisão de Milícias, comandanda por Lecor, era Alhandra (1.ª linha). Esta divisão fornecia-se no Depósito de Povoa (um dos três em funcionamento).
20.11.1810 – Sobral Pequeno (próxima a Sobral - actual Sobralinho, no concelho de Vila Franca de Xira)

Itinerários de Carlos Frederico Lecor - 1809

Azambuja

No início do ano de 1809, o então Coronel Carlos Frederico Lecor exerceu o comando militar da Beira Baixa, substituindo Francisco da Silveira Pinto de Fonseca (futuro Conde de Amarante). Em Abril, vai com a divisão para a zona de Abrantes, para treino.

ITINERÁRIOS 1809


Fev.1809-Maio.1809 – Comando de tropas na Beira (1.º período) - AHM
2.2.1809 – Almeida
3.2.1809 – Almeida
3.3.1809 – Idanha-a-Nova
7.4.1809 – Idanha-a-Nova. Informa que a vanguarda da sua divisão chegará a Abrantes no dia 9.
15.4.1809 - Abrantes
17.4.1809 – É citado em Ordem do Dia do Marechal Beresford, “pela boa apparencia em geral das Tropas debaixo das suas ordens”, após revista de tropas em Punhete, no dia 15 de Abril.
30.4.1809 – Abrantes
1.5.1809 - “(...) Forças de Abrantes até Villa Velha, às ordens do coronel Lecor: Caçadores n.º 1, 576; Caçadores n.º 2, 405; Caçadores n.º 5, 296; milícias de Santarém, 815; milícias de Thomar, 980; milícias da Covilhã, 993; dois esquadrões de cavallaria, 220; oito peças de calibre 3 (...)”. total: 4065 – fonte: ofício de Beresford (Soriano II/V/i/428).
15.5.1809 – Abrantes
19.5.1809 – garganta de Milhariça
23.5.1809 – Perdigão
5.6.1809 – Perdigão
6.6.1809 – Perdigão
10.6.1809 – Perdigão
11.6.1809 - Perdigão
2.7.1809 - Pinhel
8.7.1809 - Pinhel
3.8.1809 – José Ribeiro de Almeida é nomeado Comissário de Viveres na Brigada do sr. Lecor.
15.9.1809 - Punhete (*)
Outubro.1089 [Em hum dos dias dos mes de,] – Azambuja. O Mestre de Portas de Azambuja, Isidoro José Correia, recusa-se a fornecer Lecor com cavalgaduras, Lecor puxa da espada, insulta-o com palavras e dá-lhe uma bofetada.
2.10.1809 – Punhete. Comandante de Brigada – Caç. 4, 6 (841 efectivos).
4.11.1809 – Punhete
15.11.1809 – Punhete
21.11.1809 – Representação de Lecor contra o Mestre de Portas de Azambuja, relativos aos factos passados e que leva a inquirições a testemunhas em Dezembro.
2.12.1809 - Punhete
16.12.1809 – A sua brigada (Caç. 4 e 6) é numerada como a terceira de Caçadores, por Ordem do Dia, em Tomar.
22.12.1809 – o Marechal Beresford, em Ordem do Dia, reflecte sobre a falta de preparação dos Caçadores, mas testemunha “a sua satisfação ao Coronel Lecór pela maneira, e applicação, que tem empregado sempre para o melhoramento das Tropas debaixo das suas ordens” (Caç. 4, 6).

(*) Punhete é hoje conhecida por Constância.